Carlinhos é um viciado em corridas de cavalo. Numa tarde ele acaba sendo testemunha de um espetáculo inusitado: logo antes do primeiro páreo, no estábulo, um padre com seu hábito está benzendo o cavalo!
Carlinhos, intrigado, segue o cavalo de vista. Naturalmente, o que deveria acontecer acontece: o cavalo chega em primeiro!
Carlinhos segue então o padre antes do segundo páreo. Ele vai em outro estábulo e mais uma vez dá sua benção. Desta vez, Carlinho não perde tempo e corre à bilheteria para apostar algum dinheiro no protegido do padre. E mais uma vez o cavalo termina em primeiro!
Convencido de estar com o meio infalível de rolar no ouro, Carlinhos retira tudo que pode do caixa eletrônico. Ele segue o padre e anota o nome do cavalo abençoado. Ele aposta todas suas economias, mas com o coração alegre ele vê os cavalos disputando o páreo. Mas, surpresa! O cavalo no qual o Carlinhos depositou toda sua grana chega em último.
Depois de recuperar os sentidos, ele vai ver o padre. Ele conta então como ele o viu abençoar os dois cavalos e como ganharam os páreos, e como decidiu apostar tudo no terceiro cavalo abençoado pelo padre. E termina dizendo:
- O que eu não consigo explicar é por que sua benção não teve nenhum efeito sobre o terceiro cavalo...
- O problema com vocês, homens de pouca fé, - suspira o padre - É que vocês são incapazes de saber a diferença entre uma benção e a extrema unção.
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